Lutadores do wrestling português subiram à antiga, mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto para o primeiríssimo evento da Invicta Wrestling: Porto Wrestlefest.
Wrestling à moda do Porto, demorou a chegar mas pela mão, (e pé) de Baltazar, que conquistou o título da APW em terras abaixo do Douro e fundou uma escola no Porto, com todos os presentes no Ideal Clube Madalenense, finalmente é uma realidade.
A primeira match foi uma fatal-4-way (molhada a quatro) de leões famintos para serem os últimos a entrar na Morte Súbita, em que a competitividade esteve em alta, “eu consigo fazer melhor que tu” foi posto em prática pelas cidades de german suplexes que Paulo “Knockout” Cruz e Fausto inauguraram.
A força bruta de Fausto, o striking de Knockout e a explosividade de Damião criaram o momento perfeito para Rafa Pedras, high flyer, vencer.
De seguida surge, de rompante, o Panteão (campeão da WP Pégaso, flanqueado pelos seus lobos mercenários “a alcateia” GOMES e Lobo Ibérico), tentou humilhar o público portuense e esmagar os sonhos da invicta wrestling e Baltazar.
As trocas verbais com o público tripeiro foram intensas, que pediu aos sulistas que “fossem para o caralho” e ao campeão da WP que “tirasse a pila da boca” em uníssono, enquanto Pégaso chamava “merda” a tudo e todos, insultava as ruas e proclamava tornar o Porto na Lisboa do Norte, o que enraiveceu o público.
Para delírio do efervescente público, surgem Arménio e O Daniel, alunos da Invicta wrestling, para defender a honra da escola, da cidade e do seu campeão: Baltazar, é formada uma match de improviso contra a alcateia na qual, por muito que a multidão quisesse, os estreantes alunos cheios de coragem não conseguiram conter a equipa de lacaios profissionais arruaceiros.
Continuando com o planeado, deu-se a match pelo undisputed queen of crazy championship, onde a Peruana Alexa Jade e “raging” Cláudia Bradstone deram a entender que alguma animosidade entre elas deve existir devido à brutalidade de alguns dos golpes aqui dados, havia maldade por trás. Bradstone, muito queixosa e quase imóvel devido à perna direita, consegue “apanhar” Alexa Jade numa submission, e não larga, extendendo o seu reinado, Mad Queen.
De seguida houve uma tag team match entre a equipa Marcos Vitória e o campeão de Lisboa Luís Mestre, muito vaiada, e a equipa dos veteranos Nelson Pereira e Leo Rossi, criadores do Wrestlefest, muito aplaudida.
Um final pouco satisfatório para o público que fica num raro silêncio, Mestre e Vitória tentaram tanto que acabaram por conseguir roubar uma vitória aos veteranos, que talvez se distraíssem na adoração dos fãs enquanto se fazia históriaM
Para o main event entra Pégaso, o campeão da WP, vaiado como o autocarro do Benfica, seguido de Baltazar, que é recebido com adoração e apoio total, com a exceção dos “gajos do canto”, que eram a minoria vocal que apoiava pégaso.
Tornou-se rapidamente numa batalha sem regras Baltazar VS Pégaso, mas também Norte VS Sul, Porto VS Lisboa, o pessoal VS os gajos do canto, Super Bock fresca VS Sagres quente, em que ambas as bebidas foram despejadas na cabeça do oponente, num ato de desprezo, enquanto lutavam no meio do público, que vivia o momento aos gritos.
Arbitro KO, chega a alcateia e com as mãos no pescoço de Baltazar para um double chokeslam, é interrompida de novo por Arménio e O Daniel, que põe o peito para as balas outra vez, salvando Baltazar que, depois de um combate competitivo com Pégaso, ganha e retém o título da APW.
Celebração continuada fez-se sentir no rescaldo da match, os tripeiros aproximaram-se do ringue e nele bateram em uníssono, enquanto Baltazar e a Lenda Viva Tony de Portugal se sentavam lado a lado dentro dele e Baltazar falava do coração.
Todos souberam que algo que sempre quiseram finalmente chegou: wrestling à moda do Porto